Sala de Estar

Depois de me arranjar, desci então e fui ter com o meu tio à sala de estar como tinha dito à minha irmã que faria. Cumprimentei-o com um abraço e depois ficámos a falar, ele contou-me as novidades e ainda me contou algo que eu não estava à espera. Depois fomos falando enquanto Aimee não chegava.

Tentei descer discretamente até a sala para que não reparassem em mim e aproximei.me de Rodrigo - hey.. desculpa a demora - pedi, sentando.me ao seu lado - bom dia sr. tio.. - sorri levemente

Sorri ao ver a minha namorada a descer as escadas e depois ri baixinho com o que ela disse, assim como o meu tio
- Senhor tio? Essa é boa! Está bem, posso ser o Senhor Tio - Riu novamente e depois levantou-se, cumprimentando-a - Já ouvi falar imenso de ti. Ouvi falar tanto mas tanto, que mexi os meus cordelinhos, fiz umas coisitas e pus-me no primeiro avião para vir para cá antes que fossem para lá - Sorriu, olhando-a
- Ahm, amor.. O meu tio comprou-me uma casa - Mordi o interior da bochecha, ficando algo sério.

- Ohh eu não sabia que o Rodrigo já lhe tinha falado de mim - disse algo envergonhada, olhando para Rodrigo de olhos arregalados. Eu não queria levar aquilo para o lado pessoal porque aquilo era fantástico para ele, não iria gastar dinheiro numa casa e já podia juntar para tirar a carta - mas.. eu pensava que.. ainda bem amor - acabei por dizer, sorrindo

O meu tio sorriu todo contente e imitou o macaco do Rei Leão 3 - Já fiz o que tinha a fazer - Dizia, quase tal e qual como o macaco, o que me fez rir baixinho. Depois saiu e eu bati no sofá , chamando Aimee para se sentar ao meu lado - Anda cá, amor.

Sorri para o seu tio, sentando.me ao lado de rodrigo quando ele me chamou - nao digas nada - pedi - estou feliz por tu, ja nao precisas de gastar dinheiro numa casa.. Eu vou arrumar as minhas coisas para depois me levares a casa

- eu nao vou para lá se tu não vieres comigo - disse logo de seguida, olhando a bem sério - eu quero estar contigo sempre que puder amor.. por isso ou vens viver comigo ou eu vou viver contigo.. - encolhi os ombros

- Eu não quero atrapalhar a tua vida e a minha mãe não me vai deixar sair de casa.. tecnicamente ainda me faltam 2 anos para ser maior de idade, só aos 21 é que somos considerados adultos e podemos beber.. - suspirei - e quando ela souber que tens casa não te vai deixar ficar lá por isso é melhor ficares na tua casa e eu na minha - sorri apenas por sorrir - vou arrumar as minhas coisas

- eu nao disse que aceitava amor. mas tambem nao recusei. e tu nao vais arrumar nada amor, tu vais ficar aqui comigo. ou nao..? - perguntei, erguendo o sobrolho

- talvez seja melhor eu ir para casa..  - suspirei - talvez possamos encontrar.nos para jantar ou entao jantas com a tua familia, sao os teus anos - encolhi os ombros, sorrindo levemente - aproveita o teu ultimo aniversario em portugal.. vai sair com os teus amigos e assim

Revirei os olhos e suspirei, rindo baixinho depois. - Eu quero passar o meu aniversário com eles e contigo amor. Vá lá, não te vás embora, por favor... Olha, porque é que não convidas a tua mãe para vir cá jantar por exemplo? Ela era capaz de gostar de conhecer os meus pais, especialmente a minha mãe.

- Eu acho que é melhor não.. depois a tua familia pode falar na tua casa ou algo assim.. - suspirei, encolhendo os ombros - nao acho boa ideia, é só isso - abanei a cabeça

- Ninguém vai falar da casa porque mais ninguém sabe dela, só tu, eu e o meu tio. Eu pedi-lhe para não falar disto a mais ninguém porque nem eu tenho a certeza se a aceito mesmo - Afirmei, encolhendo depois os ombros - Por isso não tens de te preocupar com isso amor.

- eu nao sei rodrigo - abanei a cabeça e continuei a andar de um lado para o outro - nao quero dar.te um mau dia de anos, por isso e melhor nao - suspirei - nao sei..

- Não me vais dar nenhum mau dia de anos, pára de pensar tanto amor. Eu daqui a pouco ligo-lhe e convido-a a vir cá a casa - Sorri, olhando-a enquanto andava de um lado para o outro - Vá, pára e senta-te aqui amor.

- eu nao sei.. apanhaste.me de surpresa com isto tudo.. com o teu tio e uma casa nova - suspirei, passando a mao pelo cabelo - eu ja tinha os planos todos feitos para nos mas parece que nao estavam destinados a acontecer - baixei o rosto - aceita a casa, nao podes perder uma oportunidade destas - engoli em seco

- Eu também fui apanhado de surpresa, não foste só tu amor. Fazemos assim... Eu vou falar com o meu tio. Ninguém fala da casa a ninguém, e eu vou viver contigo... Então depois quando acharmos que é a altura certa, vamos viver juntos para a tal casa, e fazemos de conta que o meu tio ma ofereceu na altura - Sugeri.

- Não podes recusar uma oferta destas agora.. o teu tio depois nao ta dar quando formos viver juntos, isto é se algumas vez formos viver juntos - sentei.me no outro sofá - eu preciso de ir apanhar um bocadinho de ar, clarear a mente

- Porque é que tu és sempre tão negativa? Porque é que tens sempre pensamentos desses amor? - Respirei fundo e assenti - Está bem, tudo bem. Eu vou ficar aqui um bocado.

- Eu não estou a ser negativa Rodrigo - abanei a cabeça e não disse mais nada, saindo da sala e consequentemente da sua casa. Comecei a andar pela rua enquanto abraçava o corpo e olhava para o céu

Suspirei e deixei-me ficar depois no sofá durante uns tempos, esperando que voltasse. Como não o fez, fui à procura dela. Tive de perguntar à minha mãe se a tinha visto, e esta informou-me que Aimee tinha ido para o exterior. Assim que a vi, aproximei-me dela e toquei-lhe no braço - Amor?

Estremeci quando senti alguem a tocar.me no braço, olhando para trás - que foi ? eu disse que precisava de vir apanhar ar - continuei de braços cruzados - eu nao me vou embora sem te avisar

Suspirei pesadamente com a sua reacção e atitude - Eu só te vim procurar porque já passou meia hora e eu fiquei preocupado contigo, só isso. Mas tudo bem, eu deixo-te sozinha, vou voltar lá para dentro - Apenas disse, voltando depois para dentro de casa, acabando por ir ajudar a minha mãe para desanuviar um pouco de toda aquela situação.

ele voltou para dentro de casa e eu acabei por ficar na rua mais um pouco, acabando por entrar e procura.lo, achando.o junto da sua mae - rodrigo, podemos falar ? - perguntei enquanto olhava para ele - só os dois - pedi, baixando o rosto. eu sabia que ele tinha uma relaçao aberta com a sua mae mas se ela ainda nao sabia da casa, nao queria que ouvisse a conversa